Análise dos Resultados das Eleições Presidenciais 2016

PRESIDENCIAIS 2016 | ANÁLISE AOS RESULTADOS

Marcelo Rebelo de Sousa (52,00%) – ganha em todos os distritos. Vitória avassaladora e incontestada com mais de 2 milhões de votos. Resultado melhor que Cavaco em 2006 (50,59%) mas pior que em 2011 (52,94%). Os resultados deram-lhe razão – pode não ter sido a melhor campanha, mas foi a mais eficaz.

Sampaio da Nóvoa (22,89%) – amargo de boca por “morrer na praia” a uma segunda volta. Tinha sido interessante assistirmos a umas eleições a dois. Resultado superior aos de Manuel Alegre em 2011 (19,76%) e 2006 (20,72%). Tivesse começado uns meses antes e o resultado poderia ter sido um pouco superior.

Marisa Matias (10,13%) – uma das surpresas pelo resultado positivo. A eurodeputada consegui granjear o dobro da votação de Francisco Louçã de 2006 (5,31%). Não obstante, não capitaliza todos os votos do BE para as legislativas.

Maria de Belém (4,24%) – uma das surpresas pelo resultado negativo. Os 4,24% não estariam nos seus piores prognósticos. Nem dos melhores analistas políticos. O resultado fala por si.

Edgar Silva (3,95%) – uma das surpresas pelo resultado negativo. Consegue um pouco mais de metade do resultado de Francisco Lopes em 2011 (7,14%) e praticamente metade do resultado de Jerónimo de Sousa em 2006 (8,59%). Onde esteve o eleitorado do PCP?

Vitorino Silva (3,28%) – o rosto do voto do protesto com o status quo (?). Ainda assim, um pouco longe do resultado de José Coelho que em 2011 obteve 4,49%. É o candidato mais multifacetado. Tem uma música de sucesso na internet chamada “Pão Pão, Fiambre Fiambre”. Outra das músicas chama-se “Oh mãe Gertrudes”.

Paulo de Morais (2,15%) – o rosto de uma campanha assente no combate à corrupção. Irá manter a sua atividade mediática. Mantém presença assídua nas redes sociais. Quase 100mil votos.

Henrique Neto (0,84%) – o empresário que um dia sonhou ser Presidente da República. Pode não se concordar com ele mas primou pela sobriedade na sua campanha, fazendo da sua experiência profissional um trunfo. Não teve sucesso.

Jorge Sequeira (0,30%) – algum carisma. A imagem que mais passou foi a de Jorge Sequeira agarrado a uma esfregona, a limpar o chão, durante a campanha. Teve algum protagonismo das televisões durante a campanha.

Cândido Ferreira (0,23%) – liderou a Federação Distrital do PS em Leiria de 1991 a 1995 e foi diretor de campanha de Jorge Sampaio em 1995. Define-se como “bom copo ­ bom garfo, gosta de cozinhar e é membro de várias confrarias gastronómicas”. Teve quase tantos votos como as assinaturas que são necessárias para se ser candidato.

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