Autor: André Novo
Demissão de Presidente da Concelhia do PS de Bragança
Próximas acções políticas após demissão do presidente da concelhia do PS de Bragança estão por clarificar
O presidente deste organismo, Jorge Gomes, admitiu ontem que ainda não houve formalização da demissão do secretariado da concelhia do PS de Bragança.
“Ainda não houve formalização. Só a demissão do nosso camarada André Novo, que, de facto, demitiu-se de presidente da concelhia e da comissão política. A partir dai, não nos chegou mais nenhuma demissão, portanto o órgão mantem-se. A concelhia política continua a existir, porque quando há eleições é eleito um colectivo e não um camarada individualmente”.
Para além disso, Jorge Gomes admite que não serão marcadas eleições proximamente.
“Agora fico a aguardar o documento da própria comissão política para fazer a substituição do camarada André Novo. Esta substituição não passará por novas eleições. Será o segundo nome da lista que será o presidente, que não sei quem é”.
No entanto, André Novo, o demissionário garante que todo o secretariado se demitiu.
“A seguir à minha intervençã,o em que eu peço a demissão, o meu camarada Alcídio Castanheira, que é o número dois da lista comissão política e membro do secretariado, fez uma intervenção, em nome do secretariado, pedindo também a sua demissão. A mim, o que me parece é que está haver a tentativa de encontrar algum esquema para que não haja eleições. Mas a verdade é que fica difícil, as eleições não acontecerem. Para que fique claro, eu, com a actual situação politica existente não serei candidatado”, disse André Novo.
Contactado o segundo elemento da lista de André Novo, Alcídio Castanheira garantiu que se demitiu juntamente com os 11 elementos do secretariado.
Escrito por Brigantia
André Novo demitiu-se de presidente da concelhia do PS de Bragança
“O motivo principal foi a discordância relativamente às opções políticas, e apenas políticas, que o presidente da Federação Distrital do PS de Bragança, Jorge Gomes tem tido. Nomeadamente, com a falta de influência política na acção governativa nacional, falta de voz na defesa do concelho de Bragança e da região, falta de liderança, falta de articulação entre o governo, órgãos distritais e concelhias do Partido Socialista, falta de credibilidade e defesa política de forma a que as reinvindicações do concelho e da região não fossem efectivadas como o exemplo da deficiente defesa que fez do Plano de Investimentos Nacional 2030 e isso são motivos políticos mais que suficientes para essa tomada de decisão”.
André Novo alega não ser “homem de fugir, de desistir nem de virar a cara à luta” mas acredita que não há condições políticas para que o projecto siga em frente. “Não vislumbro alterações a curto ou médio prazo. Ouvi o secretariado da concelhia e percebi as diferentes sensibilidades existentes no seio do Partido Socialista, e, portanto, percebemos que não havia condições políticas para seguir com este projecto. Eu, independetemente de ser do PS, do PSD ou de outro partido qualquer, não posso ficar satisfeito. Se quem está a liderar o processo acha que está a fazer tudo muito bem e não toma nenhuma decisão eu, se não a tomasse, era conivente e como não sou saio”.
Contactado pela Rádio Brigantia, Jorge Gomes não responde às acusações de André Novo e afirma que o PS não ganha nada com a demissão. “Não fico satisfeito e o PS não ganha nada com a demissão do André. Eu não vou andar, através da comunicação social, a fazer este tipo de discussão, ou a defender-me e a acusar. Não vou tecer qualquer comentário à posição do meu camarada André. Isto é natural na política e temos de respeitar e de aceitar. São questões para ser resolvidas dentro do Partido Socialista. A comissão política distrital, através do seu secretariado, tem a responsabilidade de resolver o assunto e irá resolvê-lo amanhã na reunião”.
André Novo pediu a demissão de presidente desta estrutura, acompanhado por todos os elementos do secretariado. Apesar de descontente, Jorge Gomes aplaude a atitude do secretariado alegando a solidariedade do organismo para com André Novo. “Não podemos esquecer que o secretariado de uma comissão política são pessoas escolhidas pela confiança do senhor presidente e é bom, e foi bom, isto no sentido de solidariedade para com o presidente, que aqueles que ele escolhem também tomassem a opção de se demitir em conjunto. Isso é louvável e democrático”.
Está marcada para amanhã uma reunião deste organismo. A falta de peso político junto do governo de forma a que as reivindicações do concelho e da região fossem efectivadas é um dos grandes motivos apontados por André Novo para esta decisão.
Escrito por Brigantia
Presidente da concelhia PS/Bragança demite-se em desacordo com distrital
O presidente da comissão política concelhia do PS de Bragança, André Novo, informou hoje que pediu a demissão do cargo “por discordar das opções políticas do presidente da federação distrital”, Jorge Gomes.
O presidente da federação vê “com alguma surpresa” esta decisão, mas entende que “é a vida de um partido” e escusou-se a comentar “as considerações que faz” André Novo, afirmando que “para quem pensa que tem peso, peso tem o povo e, neste caso, é o PS que está em causa e em primeiro lugar”.
André Novo sai um ano depois de eleito, a meio do mandato, e Jorge Gomes, antigo secretário de Estado da Administração Interna, chegou à federação pouco depois, em abril de 2018. Ambos manifestaram à Lusa visões diferentes do futuro daquela que é a maior concelhia socialista do distrito de Bragança, com o presidente demissionário a defender que terão de ser convocadas eleições intercalares e o da federação a entender que pode ser substituído sem novas eleições.
O Secretariado Distrital do PS já tinha agendada para sábado uma reunião em que a situação da concelhia vai ser acrescentada à agenda para discutir como resolver a situação, segundo foi adiantado à Lusa.
O presidente da distrital entende que a demissão é individual do presidente, pelo que pode, como se trata de um órgão coletivo, ser feita a sua substituição por outro elemento do órgão concelhio com 41 representantes. Neste caso não seria necessário novo ato eleitoral até às eleições para estas estruturas partidárias que deverão ocorrer em todo o país em dezembro ou janeiro próximos.
Jorge Gomes ressalvou que serão os órgãos competentes a analisar a questão.
Já André Novo defende que a sua demissão implica a realização de novas eleições na concelhia e adiantou à Lusa que já enviou “para a sede nacional e para a federação documentação a solicitar que sejam convocadas”.
O presidente demissionário considera que a “concelhia ficou sem quórum”, especificando que além dele, pediu também a demissão todo o Secretariado.
“Não sou só eu sozinho”, sublinhou.
André Novo afirmou que não irá recandidatar-se “enquanto não houver alteração na liderança da distrital”, concretizando que discorda “das opções políticas e só políticas” de Jorge Gomes.
“Em várias reuniões o presidente da federação diz que tem linha direta para o primeiro-ministro e influência política, mas depois acontecem coisas como, por exemplo, o plano de investimentos nacional (sem investimentos para a região) e diz que não foi bem conseguido”, declarou.
O presidente demissionário alega que “são motivos mais que suficientes para esta tomada de posição a falta de influência política na ação governativa nacional, a falta de voz na defesa do concelho de Bragança e da região, a falta de liderança, a falta de articulação entre o Governo, órgãos distritais e concelhios do PS, a falta de credibilidade e de peso político junto do Governo de forma que as reivindicações do concelho e da região fossem efetivadas”.
“Não vislumbrando alterações a curto ou médio prazo nesta atuação, depois de ouvido o secretariado da concelhia do PS de Bragança e de perceber as diferentes sensibilidades existentes no seio do partido, senti apoio mais do que suficiente para esta tomada de decisão, uma vez que ficou claro que não havia condições políticas para continuarmos o projeto que abraçámos há um ano com uma vitória inequívoca”, sustentou.
André Novo bate com a porta da concelhia do PS em desacordo com Jorge Gomes
André Novo pediu esta quinta-feira a demissão de presidente da Concelhia de Bragança do Partido Socialista, um ano depois de ter sido eleito em lista única, por “discordar das opções políticas e só políticas do Presidente da Federação do PS de Bragança, Jorge Gomes”.
“A falta de influência política na ação governativa nacional, a falta de voz na defesa do Concelho de Bragança e da região, a falta de liderança, a falta de articulação que senti entre o Governo, órgãos distritais e concelhios do PS, a falta de credibilidade e de peso político junto do governo de forma a que as reivindicações do concelho e da região fossem efetivadas (o exemplo mais recente é a deficiente defesa que fez do Plano de Investimentos 2030), são motivos políticos mais que suficientes para esta tomada de decisão”, explica o docente do IPB, em comunicado.
O pedido de demissão foi feito durante a reunião do secretariado desta quinta-feira. De saída estão todos os elementos que compunham o secretariado.
“Não vislumbrando alterações a curto ou médio prazo nesta atuação, depois de ouvido o secretariado da Concelhia do PS de Bragança e de perceber as diferentes sensibilidades existentes no seio do partido, senti apoio mais que suficiente para esta tomada de decisão, uma vez que ficou claro que não havia condições políticas para continuarmos o projeto que abraçámos há um ano, com uma vitória inequívoca”, explica ainda André Novo.
O presidente demissionário garante que não é “homem de fugir, de desistir nem de virar a cara à luta”. “Mas não ficaria bem com a minha consciência e com as pessoas que sempre me apoiaram se continuasse conivente com esta atuação política que, na minha ótica, não serve os interesses do concelho de Bragança nem da região”, concluiu.
O Mensageiro sabe as recentes escolhas do PS causaram alguma perturbação nalguns elementos do PS, nomeadamente por considerarem não terem sido ouvidos.
O Presidente da Federação Distrital de Bragança do PS, Jorge Gomes, remeteu uma reação para amanhã, depois da reunião daquele organismo.